Olá!
Volteeei!
Sou a Thamires Vasconcelos e depois de um pouco mais de 5 anos estou de volta
por aqui compartilhando minhas leituras com você, que assim como eu, é um
amante de bons livros.
Hoje, eu vou compartilhar com
vocês a minha última leitura de 2021:
Foi uma leitura surpreendente!
Ao procurar uma leitura rápida e leve para a última semana do ano, meus olhos bateram nessa belezinha e senti que era a hora! (esse livro já estava há um bom tempo guardadinho na estante!)
Talvez, um dos motivos pra eu ter enrolado tanto para começar essa leitura seja o título bobo. Sim, bobo! Se a gente parar pra pensar, quando se olha pra essa capa e para o título do livro, não há muitas pistas do que esperar. Mas, decidi que o leria para fechar o ano.
Peguei meu livro, meu tereré e sentei no sofá. E que surpresa!!
O livro conta a história de um casal: Maria Rosa e Campos Lara. Ela é um dona
de casa e ele um professor e poeta. Esse é um casal bem tradicional dos anos
1930 e a gente pode ver no decorrer da história muitas questões culturais desse
período, como por exemplo a visão que tanto os pobres quanto os ricos tinham os
negros (isso quase 50 anos depois da Lei áurea), como os ideais de lar e
casamento eram construídos, e como um marido e uma mulher deveriam agir e
pensar para serem considerados boas pessoas.
Voltando para o casal e a
nossahistória, ela enquanto moça, sonhava com um homem bonito, trabalhador e de
boa condição. Maria Rosa morava em uma cidade no interior de São Paulo e era
cortejada por muitos rapazes, mas nenhum era satisfatório para a moça. Ela
sonhava com alguém inteligente, estudado, promissor, de cidade grande.
Ele, um jornalista, professor, poeta e sonhador. Queria viver de seu talento e
amava os amigos da cidade grande que declaravam suas anguastias, decepções e
amores no mais requintado português.
Os dois se conheceram e se apaixonaram. Ela, viu além da beleza do rapaz – que era
extremamente bonito-, viu uma inteligência destacante e um futuro promissor.
Ele viu na moça um doçura que seria uma inspiaração constante para o seu
trabalho, sem contar que Maria Rosa era uma morena de “tirar o chapéu”.
Mas, as doces ilusões dos enamorados... Maria Rosa torna-se uma mulher
insatisfeita e reclamona. Cuidava de uma casa pobre, de seus 4 filhos agitados
e ainda tentava administrar as dívidas que cresciam a cada ano, acompanhando o
crescimento dos filhos. Juca, o Campos Lara, tornara-se um professor “maia boca”,
sonhador e solitário. Era comum para o
poeta perder a hora para suas aulas ou abandona-las sem explicações razoáveis.
E é nesse cenário que acompanhamos a vida desse casal. Campos Lara está cada
dia mais infeliz porque não consegue viver do que ganha de seus livros de
poesia (Sim, ele já foi bem respeitado em seu meio literário na cidade grande).
Campos Lara, constantemente fica dividido entre o feijão (sustento da casa) e o
sonho (colocar suas angústias e alegrias no papel e compartilhar com as pessoas
suas poesias, recebendo ou não por isso).
Esse é o tipo de coisa que acontece constantemente conosco (ao menos já
aconteceu algumas vezes comigo). Muitas vezes a gente fica divido entre fazer
aquilo que se ama, mesmo que a recompensa não seja grandiosa, ou fazer alguma
coisa para colocar a boa comida na mesa, sustentar a nossa família, mesmo sem
nos trazer paixão.
SOBRE O AUTOR
Orígenes Temudo Lessa foi um
jornalista e romancista que viveu no ínício do século XX (1903-1986) e
tornou-se um dos imortais da Academia Brasileira de Letras.
Recebeu inúmeros
prêmios literários: Prêmio
Antônio de Alcântara Machado (1939), pelo romance O
feijão e o sonho; Prêmio Carmem Dolores Barbosa (1955),
pelo romance Rua do Sol; Prêmio Fernando Chinaglia (1968),
pelo romance A noite sem homem; Prêmio Luísa
Cláudio de Sousa (1972), pelo romance O evangelho de
Lázaro.[4]
CONCLUSÃO:
O livro faz parte da Serie Vaga-Lume,
uma coleção de livros brasileiros voltada para o público infatojuvenil lançados
na décade de 1970 pela Editora Ática. No decorrer dos anos, as edições sofreram
alterações e muitas podem ser encontradas em livrarias e sebos. Eu
particularmente, tenho o sonho de ter essa coleção completinha (com grande
parte dos originais dos anos 1970).
Apesar de serem livros infantojuvenis, muitas das histórias nos trazem
reflexões profundas como foi o caso de “o feijão e o sonho”.
O livro tem 128 páginas e o li em
3 dias!!!
E você já conhecia a obra? E o
autor? Compartilhe a sua opinião com a gente!
Thamires Vasconcelos
Instagram: @ThamiresVasconcelos
Fantástico, uma resenha que dá gosto de ler o livro.
ResponderExcluirOlá!
ExcluirFico feliz que tenhas gostado! ^^
Incrível resenha, deu até vontade de comprar o livro agora mesmo, e trata de um dilema bem comum que todos vivem, ou quase todos.
ResponderExcluirOiii!!
ExcluirSim! O que me surpreendeu! Uma leitura bem reflexiva e ao mesmo tempo gostosa e interessante.