terça-feira, 15 de março de 2022

Sobre Contar Histórias

 



 

                Sou uma contadora de histórias! Demorei muito pra entender isso, mas ainda bem que é melhor tarde do que nunca!

                Quando criança, eu amava sentar ao lado de pessoas mais velhas e escutar sobre a vida delas. Escutar sobre suas lembranças, alegrias e também tristezas. Era comum as crianças brincarem na rua em frente as suas casas depois das 16h quando o sol estava mais escondido.
                As mães ficavam em frente as casas conversando enquanto as crianças brincavam, correndo e jogavam bola na rua. Era muito comum a minha mãe me encontrar sentada na calçada conversando com as senhoras e os senhores mais idosos da nossa rua. Eu amava escutar as histórias dessas pessoas que cresceram e viveram em um tempo tão diferente do meu. Eu esperava crescer e viver tantas coisas incríveis como esses senhores.
                A pessoa que sempre amei escutar é a minha avó paterna, a Dona Abadia. Ela sempre conta sobre a sua infência na fazenda, seu falecido marido (meu avó), como meu pai era quando criança... essas histórias sobre o passado que são tão gostosas de escutar. O mais legal de escutar é que a minha avó (com quase 90 anos) tem uma memória impecável. Ela lembra com detalhes de todas as histórias. Você pode pedir pra que ela repita 100 vezes a história e ela sempre vai contar a história completa, com todos os detalhes importantes. As vezes ela incluí um detalhe ou outro que faz com que a gente conheça melhor a história e suas personagens.
                Uma outra característica peculiar que descobri em mim quando fiz uma viagem incrível á Nova Iorque é que, frequentemente, quando estava muito tempo perto de determinadas pessoas, comecei a imaginar sobre a vida dessa pessoa, quem ela poderia ser e por que ela estava naquele lugar. Isso acontecia sempre quando estávamos no metrô. Geralmente, gastávamos uns 40 minutos (ou mais) diariamente dentro do metrô para chegarmos aonde queríamos, e esse era o meu ambiente preferido para fazer essas suposições: NYC é uma cidade repleta de imigrantes. Você vê a galera latina por toda parte. Você escuta várias línguas e sotaques o tempo todo. Um prato recheado para uma imaginação fértil!
                Acho que é por isso que eu gosto tanto de ler: para poder conhecer muitas histórias e pessoas. Viver e reviver, mesmo que remotamente as aventuras de personagens incríveis.
                Mesmo depois dessa viagem, sempre foi comum observar as pessoas ao meu redor e imaginar histórias diferentes sobre elas. Principalmente em shoppings ou restaurantes, quando eu estava só. As vezes eu tirava essas histórias da cabeça e colocava no papel, mas na maioria da vezes eu só continuava a história antes de dormir, pra dar aquele soninho, sabe?

                Nos últimos tempos, resolvi colocar mais dessas observações e suposições no papel. Desocupar um pouco a minha mente que anda um pouco sobrecarregada! Imaginar a vida e os pensamentos de pessoas reais ou não, tornou-se um hobby interessante.

                Estou contando uma história fantástica, baseada na vida de uma das mulheres mais fortes que eu conheço! A história dela é cheia de romance, força, trabalho, luta e determinação. Não há quem a escute e não fique impactada! Essa história merece ser contada!

                Ao começar a contar essa história percebi que a minha vocação talvez seja essa: contar histórias! Existem milhares de pessoas com vidas inspiradoras que deveriam ter a sua história compartilhada, e eu tomei como missão encontra-las e contá-las para o máximo de pessoas que eu conseguir!

                Ser professora faz parte de mim, é minha paixão o que é um encaixe perfeito com a minha recem vocação!

                Compartilhando a minha nova descoberta com você, quero que você reflita que nunca é tarde pra tentar encontrar um sentido,  encontrar alguma coisa que consiga te mover em meio á qualquer caos que esteja passando!

                Todo dia é uma nova oportunidade para descobrirmos mais sobre nós e nossas possibilidades e missão!

                Se você ainda não encontrou o que te move, não se preocupe, continue conversando com você, quando você menos esperar vai perceber que esteve sempre lá, só bastava você enxergar com cuidado e carinho!

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