quarta-feira, 4 de novembro de 2015

O Livreiro de Cabul - Asne Seierstad (29/60)

Olá, galera. Tudo certinho??
Depois que li A cidade do Sol, fiquei bem interessada pela cultura afegã. A cultura é beem diferente da minha, em algumas áreas são extremamente tradicionais e muito radicais, entretanto, em outras áreas o comprometimento de respeito são dignos de aplausos! Foi por isso que assim que vi esse livro em uma das páginas de uma revista de cosméticos não exitei em compra-lo! 

O Livreiro de Cabul

Autor: Asne Seiestad
Ano: 2015 (9ª edição)
páginas: 277
editora:  Best Seller Ltda.




O livro é um documentário. Um documentário bem diferente!

        AsneSeierstad conheceu Sultan Khan, o chefe da família Khan em Novembro de 2001, assim que chegou em Cabul.  Sua paixão pelos livros e sua família diferente logo chamou a atenção da autora e por três meses, observou e acompanhou a sua vida. Por ser mulher, Asne não encontrou resistência em suas observações, podendo transitar entre os homens e as mulheres sem nenhum problema. Apesar de não exigirem que Asne usasse as roupas tradicionais afegãs -a burca, por exemplo - para uma melhor entrosamento e também observação, Asne preferiu aderir as roupas tradicionais e logo as odiou. A maioria dos relatos encontrados no livro foram presenciados pela autora, e os que ela não presenciou, foi relato de algum membro da família.
O livro começa com o relato do segundo casamento de Sultan. Apesar de ser comum na tradição, um segundo casamento pode ser, muitas vezes, vergonhoso para a primeira esposa, pois, pode parecer que ela não consegue exercer seu papel como mulher. A escolha da segunda esposa de Sultan não foi aprovada pela família, mas, mesmo assim, Sultan se casou. Sua segunda mulher tem quase metade de sua idade e quase nenhuma instrução.
O terceiro capítulo fala um pouco sobre a como é a vida da primeira esposa de Sultan, que está fora de Cabul, por conta da guerra. É ela quem guarda o computador e parte das “riquezas literárias” de Sultan. Enquanto Sharifa (a primeira esposa) estava em Peshawar, fugindo da guerra, um bafafá acontece nas redondezas. Uma moça é severamente punida por seu tio pelo simples fato de ter conversado com um rapaz em uma praça da cidade. Tal “crime” deve ser severamente castigado. Outra coisa curiosa na cultura afegã registrada por Asne, é que no Afeganistão, mulher apaixonada é Tabu. É proibido pelos conceitos de honra que são seguidos.
Asne escreve com propriedade invejável como é a rotina das mulheres no bazar, os preparativos para um casamento e as dificuldades das mulheres em relação aos estudos, empregos, tarefas diárias em casa...
 Asne fala, também, como Sultan perdeu seus livros durante as guerras. Muitos deles apreendidos, queimados, roubados...  E como a paixão por livros surgiu, e ainda, como um rapaz com não muito dinheiro se tornou riquíssimo com livrarias espalhadas por toda Cabul. Nos capítulos seguintes, conheceremos um pouco de como Sultan consegue imprimir seus livros e documentos.  Asne conhece os perigos das travessias feitas por entre os países próximos e alguns segredos das “editoras ilegais”.

Um livro surpreendente que me fez entrar na cultura afegã como se eu mesma estivesse vivenciando cada momento juntamente com a autora.


Já quero ler mais livros dessa jornalista maravilhosa!!!
E você, já leu alguma coisa da autora? Também gosta de livros nessa vertente? Deixe aqui seu comentário, e ainda, me acompanhe nas redes sociais para conhecer um pouco mais do meu dia-a-dia e dicas bem rápidas e práticas:
instagram: @thamiresvasconcelos
snapchat: thamiresrcv

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá!
Sua opinião é muito importante pra mim!
Deixe um recadinho. :D