Olá, galera. Tudo certinho??
Depois que li A cidade do Sol, fiquei bem interessada pela cultura afegã. A cultura é beem diferente da minha, em algumas áreas são extremamente tradicionais e muito radicais, entretanto, em outras áreas o comprometimento de respeito são dignos de aplausos! Foi por isso que assim que vi esse livro em uma das páginas de uma revista de cosméticos não exitei em compra-lo!
O Livreiro de Cabul
Autor: Asne Seiestad
Ano: 2015 (9ª edição)
páginas: 277
editora: Best Seller Ltda.
Ano: 2015 (9ª edição)
páginas: 277
editora: Best Seller Ltda.
O livro é um documentário. Um documentário bem diferente!
AsneSeierstad conheceu Sultan Khan, o
chefe da família Khan em Novembro de 2001, assim que chegou em Cabul. Sua paixão pelos livros e sua família
diferente logo chamou a atenção da autora e por três meses, observou e
acompanhou a sua vida. Por ser mulher, Asne não encontrou resistência em
suas observações, podendo transitar entre os homens e as mulheres sem nenhum
problema. Apesar de não exigirem que Asne usasse as roupas tradicionais afegãs
-a burca, por exemplo - para uma melhor entrosamento e também observação, Asne preferiu
aderir as roupas tradicionais e logo as odiou. A maioria dos relatos encontrados
no livro foram presenciados pela autora, e os que ela não presenciou, foi
relato de algum membro da família.
O livro começa com o relato do segundo
casamento de Sultan. Apesar de ser comum na tradição, um segundo casamento pode
ser, muitas vezes, vergonhoso para a primeira esposa, pois, pode parecer que ela
não consegue exercer seu papel como mulher. A escolha da segunda esposa de
Sultan não foi aprovada pela família, mas, mesmo assim, Sultan se casou. Sua
segunda mulher tem quase metade de sua idade e quase nenhuma instrução.
O terceiro capítulo fala um pouco sobre
a como é a vida da primeira esposa de Sultan, que está fora de Cabul, por conta
da guerra. É ela quem guarda o computador e parte das “riquezas literárias” de
Sultan. Enquanto Sharifa (a primeira esposa) estava em Peshawar, fugindo da
guerra, um bafafá acontece nas redondezas. Uma moça é severamente punida por
seu tio pelo simples fato de ter conversado com um rapaz em uma praça da
cidade. Tal “crime” deve ser severamente castigado. Outra coisa curiosa na
cultura afegã registrada por Asne, é que no Afeganistão, mulher apaixonada é
Tabu. É proibido pelos conceitos de honra que são seguidos.
Asne escreve com propriedade invejável
como é a rotina das mulheres no bazar, os preparativos para um casamento e as
dificuldades das mulheres em relação aos estudos, empregos, tarefas diárias em
casa...
Asne fala, também, como Sultan perdeu seus livros durante as guerras. Muitos deles apreendidos, queimados, roubados... E como a paixão por livros surgiu, e ainda, como um rapaz com não muito dinheiro se tornou riquíssimo com livrarias espalhadas por toda Cabul. Nos capítulos seguintes, conheceremos um pouco de como Sultan consegue imprimir seus livros e documentos. Asne conhece os perigos das travessias feitas por entre os países próximos e alguns segredos das “editoras ilegais”.
Um livro surpreendente que me fez entrar
na cultura afegã como se eu mesma estivesse vivenciando cada momento juntamente
com a autora.
Já quero ler mais livros dessa jornalista maravilhosa!!!
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