A Princesinha - Frances Hodgson Burnett

Autor: Frances Hodgson Burnett

Ano: 2013 (minha edição)

páginas: 228

editora: 34

Nunca fui uma criança comum dos anos 90. Enquanto todos dançavam ao som do "É o tchan" e riam e se encantavam com a Xuxa, eu gostava de Manowar, star wars e me perdia nos livros da coleção vaga-lume. 

Não lembro bem como e o porque, mas um belo dia uma fita cassete incrível chegou até mim - sim, no meu tempo de criança não existiam DVD ou WiFi -. A fita era de um filme chamado A Princesinha e contava a história de uma menina rica que tinha tudo aos seus pés e viveu reviravoltas em sua vida, sem nunca esquecer de quem era: uma PRINCESA!

Esse filme ficou por muitos anos sendo o meu favorito até que eu o esqueci, a fita cassete sumiu e a história ficou lá pra trás, na minha infância... Alguns anos atrás, acho que 2013 ou 2014 - não lembro bem- eu vi, por acaso, que o meu filme favorito na infância era baseado em um livro - escrito há mais de um século - e a autora era a mesma do meu segundo filme favorito: O jardim secreto. Procurei por muito tempo o livro mas não encontrei. Até que "passeando" pelo site da amazon "dei de cara" com o tão esperado livro:

Sara é uma mocinha de 7 anos totalmente fora do comum que amava ler e observar as pessoas, sagaz, perspicaz e de uma bondade sem tamanho. O pai de Sara é um oficial do exercito muito rico, sua mãe falecera quando Sara era ainda um bebê. Sara e o pai moravam na índia até que ela precisou ir para um educandário para aprimorar sua educação. Sara não gostou de separar-se de seu pai mas concentrou-se na oportunidade de aprender coisas novas e interessantes. Afinal, todos os soldados devem ser fortes e focados. Era o que o sua mãe faria em seu lugar!

O educandário era o reflexo de sua diretora: frio e modesto. Apesar de estar localizado em Londres, o frio do educandário não era apenas pelo clima comum da cidade e sim pela falta de calor afetivo que a srta. Minchin exalava. 

Sara era uma menina inteligentíssima e super carismática e logo conquistou o amor de todas as colegas principalmente as anteriormente hostilizadas pelas outras crianças (as crianças menos inteligentes e não tão bonitas; e as meninas mais novas). O carisma de Sara agradava á todas exceto as antigas populares Lavínia  e sua trupe e a srta. Minchin, pois estas não eram nada nobre de coração e desprezavam a bondade de Sara e toda a sua inteligência. 

Uma desventura aterrorizante aconteceu á Sara e ela passou a comer o pão que a que Srta. Minchin amaçava - literalmente - até ela conhecer um indiano simpático e de coração nobre que mudou-se para a casa ao lado do educandário e transformou a sua vida em um conto de fadas. 
Sara e sua amiga Becky descobriram a essência da verdadeira amizade e que os sonhos podem tornar-se reais.

O livro foi escrito em 1905 para crianças mas a sua linguagem não é nada infantil. Apesar do vocabulário e do estilo de escrita serem extremamente simples, as lições que aprendemos com Sara são extremamente valiosas. Mesmo com todas as adversidades, Sara nunca esqueceu quem é. Mesmo quando estava humilhada, vestindo roupas surradas, com frio e com tanta fome que chegava a doer o estômago, ela não deixou de ser generosa e amável, mostrando que a gente deve ser quem realmente é em todos os momentos das nossas vidas, não importando as circunstancias! Não importando o que os outros falem. 

A Princesinha ainda está no topo da minha lista de filmes e livros favoritos. 
A princesa Sara me ensinou muito, obrigada Bernett!

E você, já leu o livro ou assistiu ao filme?

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Thamires Vasoncelos

Cientista Natural; Cristã; Bookaholic.
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